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Sem pepino, por favor

~ Um blog de Gastronomia, em todas as suas formas possíveis.

Sem pepino, por favor

Arquivos Mensais: abril 2012

CdB 2012 – Barbazul

29 domingo abr 2012

Posted by Lívia Salomé in Botecos, Comida di Buteco, Festivais

≈ 3 Comentários

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botecos, escondidinho, língua bovina, queijo minas, tira-gosto

Botecos, we are back! Sexta-feira foi dia de retomar as degustações dos petiscos concorrentes do Festival Comida di Buteco 2012. Nesta altura do campeonato (literalmente, hehehe), os bares já estão bombando e achar uma mesa numa sexta a noite está sendo difícil. Mas nada impossível.

Desta vez optamos por um “boteco zona Sul”, mais pela comodidade do Time. Muitos saindo do trabalho, cursos etc. Além do mais, o Barbazul conta este ano com um petisco interessante, a base de língua bovina, que, apesar de ser um clássico de boteco, estava preparada de forma… inusitada, digamos. Só comentando, língua não é das coisas que eu mais gosto de comer. Nunca escolho quando vou em boteco e não faço aqui em casa. Mas tudo pelo SP, né? Menos pepino, claro.

Eu cheguei mais tarde mas o Clebinho e Raquelzinha chegaram às 19:00 e já estava lotado.

20120429-200748.jpg

Foram acomodados rapidamente pela própria dona hostess do boteco, que foi muito gentil em reorganizar as mesas na calçada e assim eles puderam se sentar e dar início aos trabalhos. O bar serve cerveja no esquema “baldinho”, o que é ótimo: cerveja gelada por mais tempo sem importunar o garçom a todo minuto.

Falando em garçons, o que nos atendeu foi extremamente prestativo e eficiente, sempre com bom humor, o que é fundamental. Na hora de pedir os pratos, ele nos explicou bem do que se tratavam os petiscos e novamente a dona hostess veio checar se estava tudo bem. A mesa estava escura e quando eu disse que gostaria de fotografar o prato, ela me levou até a saída da cozinha e me permitiu fotografar sob uma luz melhor. Tudo isso com o boteco bombando! Achei demais!

Pedimos as Barquinhas de Doritos: folhas de endívia recheadas com frango desfiado, catupiry, Doritos triturados e regados com fios de molho especial.

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Por enquanto o melhor petisco de Doritos que provei. O molho especial parece ser redução de balsâmico, mais adocicada porém. Nota-se que eles tiveram o mesmo cuidado na criação deste prato como no principal. Ingredientes nobres e boa apresentação presentes.

Depois pedimos o Queijinho Linguarudo: Escondidinho de língua com purê, gratinado com queijo minas em panela de pedra. Primeiro a foto da divulgação.
20120429-202309.jpg
(Foto: Beto Eterovick)

Comparando…

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Bem similares, não? Embora pareça ter menos queijo no prato que comemos, isto não aconteceu. Tinha bastante queijo, acho que o molho borbulhou por cima e encobriu uma parte do mesmo. A língua estava super macia e nem tinha gosto de língua, olha que beleza? O molho era saboroso e bem espesso. Pedimos um pãozinho para acompanhar, o que combinou muito bem. Mas não é essencial, pode ser comido sozinho. E esse ratinho ao lado, que fofura, é comestível! Feito de uma massinha de batata tipo nhoque.

Achei o prato gostoso e bem elaborado. Por enquanto, um dos melhores. O atendimento foi muito bom e a higiene do local idem: ao final da noite, o banheiro estava tão limpo como no início.

Bom, agora é continuar provando pra saber qual o melhor. Neste feriado estou de “tia”, talvez não consiga produzir tanto, mas ainda quero provar muitos… Vamos lá que tá acabando gente!

Beijos, até a próxima!

Barbazul
Av. Getúlio Vargas, 216 – Funcionários – Belo Horizonte MG
(31) 2535-3527 / 2535-3528
Segunda a Sexta: 17h às 24h
Sábado: 10h às 24h
Domingo: 10h às 22h

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Taste Vin

28 sábado abr 2012

Posted by rodrigolanna in Francês/Bistrô, Restaurantes

≈ 1 comentário

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culinária francesa, jantar, Taste vin, vinhos

Última quarta-feira do mês e as meninas foram para o Adore (o que é o Adore voce pode conferir aqui e aqui). Durante um bom tempo restava aos respectivos maridos ficar acompanhando as cenas via facebook… É, que beleza, né… Felizmente, uma mente iluminada pensou: “por que a gente não sai pra tomar umas?” (a primeira vez que isso aconteceu rolou uma bebelança de cerveja, um joelho de porco com chantilly de mostarda e sorvete de bacon além de um carro roubado, mas enfim…)

Nesta quarta, o comendador Aarestrup me aparece com um caderninho parecido com uma carteira de trabalho, mas na verdade tratava-se de um Passaporte Gastronômico da Belvitur. Funciona como um bloco de descontos para restaurantes associados. Você destaca o cupom do restaurante, preenche o verso e, ao pedir dois pratos principais você só terá que pagar o de maior valor. Existem restrições de dias e horários, mas ainda assim vale a pena. Como a promoção termina neste dia 30, fomos obrigados a ir gastar um destes cupons.

O local escolhido, inclusive para fazer frente às meninas, foi este aqui, ó:

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Além de fazer invejinha na Lucy & cia eu também tinha um outro objetivo em mente. O Taste Vin, um dos mais afamados restaurantes de BH é reconhecido pela sua culinária francesa, em especial pelos souflets, além de uma fabulosa carta de vinhos premiada inclusive pela Wine Spectator. Para mim ele tem outra coisa em especial. A casa foi fundada no final da década de 80 por um grupo de amigos. O proprietário Rodrigo Fonseca não era propriamente um chef, mas sim um cara que curtia cozinhar. Passam-se os anos e surge um outro nome: Leonardo Paixão. Esse cara estudou medicina, fez internato rural na mesma cidade em que eu fiz, casou-se com uma médica que era a residente que me supervisionava durante o meu internato de pediatria (e que estudara com a minha esposa no ensino médio), e depois larga a residência de dermatologia (leia-se concorrida do nível 50 candidatos por vaga ou mais) para fazer o que ele mais curtia: cozinhar. Partiu para França para estudar no Ferrandi e, ao voltar assumiu o posto de chef poissonnier no Taste Vin (alem de ganhar um stalker, ou seja, eu hahahaha!!). Não o conheço pessoalmente, mas admito uma inveja pela coragem, destas que vem com um bocado de admiração.

Depois de um grande debate entre Lord Aarestrup de Lichenstein e eu sobre a organização pratos-vinhos e afins, com o auxílio do sommelier da casa escolhemos um neo-zelandês Hunters Chardonay 2009, para acompanhar os peixes (isso se você considerar pato, um peixe…).

Entradas:
Minha escolha foi o atum em crosta de ervas, que vem acompanhado de uma saladinha e é servido também em tamanho de prato principal.

20120428-121121.jpg
O atum estava no ponto mais que exato, com a crosta levemente salgada, sem exageros. A salada estava crocante com as folhas selecionadas sem nem uma pontinha mais amassada.

O Leo foi de rilletes de cannard com um chutney de tamarindo.

20120428-121438.jpg Rillete é uma preparação de carne preparada na própria gordura, sendo posteriormente desfiada atingindo uma textura parecida com uma pasta. Esta estava com um sabor de pato nítido, sem ser abafado por outros aromas. O chutney era marcante, mas sem ser muito condimentado, o que casou bem com o pato e com o vinho (mas eu preferiria que tivessemos escolhido o Sauvignon Blanc ou o Chablis).

Principais:
O meu foi o Cherne com crosta de macadâmias, banana da terra e ketchup de pimentão.

20120428-122033.jpg O ponto também estava ideal. Me parece que é assado, o que exige um bocado de cuidado uma vez que este é um peixe pouco gorduroso. A banana da terra combinou bem com o ketchup de pimentão. A crosta de macadâmia estava em um ponto de purê (que não sei se era o objetivo), e tinha um sabor bem delicado, acho que nem seria necessário, uma vez que o peixe per se já estava muito bom. No mesmo estilo das Rilletes o ingrediente principal foi valorizado.

O Leo foi de atum freco com aroma de balsâmico e cebolas caramelizadas.

20120428-123213.jpg. Pela foto parece que passou uns 20 segundos do ponto, mas eu garanto que o meio estava vermelhinho. Estava também com gosto equilibrado e macio.

Para a sobremesa, só para não dizer que não pedimos nem um souflet, fomos no de chocolate. O garçom foi mais rápido que a foto:

20120428-123524.jpg. Estava naquele estilo de sobremesa francesa pouco doce, com chocolate meio amargo. Senti um gosto que fiquei na dúvida se era um excesso de cacau em pó ou um chocolate mais estilo nacional.

Ao final, considerando o vinho e o desconto macetoso, o preço foi justo (alto, não se enganem, mas justo). Em um dos temas que conversamos durante as três horas e meia em que ficamos lá surgiu a pergunta: “seria o Taste Vin o restaurante que eu indicaria para alguém vindo pela primeira vez a BH?”. Tenho dúvidas se ele seria o primeiro, principalmente se fosse em um período de calor e do objetivo do jantar. O cardápio é de bom tamanho, mas eu achei que ele favorece bem mais os vinhos tintos. Tive um pouco de dificuldade principalmente com as entradas. Nada que desabone a qualidade e técnica do lugar. Vale a pena conhecer.

E ao Leonardo Paixão deixo meus parabéns, chef, quem sabe um dia eu não chego lá?

PS: façam reserva, mesmo que seja quarta-feira, caso contrário a espera pode ser grande, ou você pode não conseguir mesa.

Taste Vin
Rua Curitiba, 2105 – Lourdes
Belo Horizonte – MG
Tel: (31) 3292-5423

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Coisas de Sucesso

27 sexta-feira abr 2012

Posted by Lívia Salomé in Confrarias

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bombocado, caesar salad, culinária, cursos, Gastronomia, pato

Gente, esta semana teve Adore (é sempre na 4ª quarta-feira do mês). Como sempre, muito bom. Para fazer vontade em vocês, vou postar as fotinhas.

Entrada: Caesar Salad clássica

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A melhor Caesar Salad que já comi na vida! Sempre vi na TV os chefs fazendo o molho com ovo cru e nunca tive coragem de fazer. Mas esta receita da Van é fenômeno! Nada de ovo cru, graças a Deus! Vou convencê-la a fazer no programa porque o MUNDO precisa comer esta salada. Se ela topar, conto pra vocês quando será o programa.

O prato principal: Magret de pato com purê de maçã e rôti da própria ave

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Agora sim um pato no ponto! Olhem o miolinho da carne, perfeito… Nunca fiz Magret aqui em casa e a receita do Rodrigo já tinha despertado em mim o desejo de fritar um peito de pato – que mais parece uma fatia grossa de picanha quando cru. Cada um com seus desejos, né?

E de sobremesa, Bombocado com Chantilly:

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Gosta de Quindim? Tipo, só que um pouquinho menos doce. Eu curto quindim.

E quem acompanha o SP já sabe que aos sábados a Vanessa e o Fernando apresentam um programa no canal 9 da Net – o BH News, começando às 11:00. Repete em outros horários, mas não sei certinho quais. Fuçando a internet e tentando achar os horários pra contar pra vocês, achei coisa muito melhor: vídeos, vídeos, vídeos do Adore! Óia o link aqui, minha gente. Hoje mesmo vou assistir to-dos! A Loka dos vídeos…

E só pra terminar o post não fugindo do tema “coisas de sucesso” esta semana completamos 10.000 acessos (oi? 11.000), um chef muso leu e comentou no blog e já fomos lidos em 37 países!!! Pelo visto não sou a única que pede “Sem pepino, por favor”.

Feliz… Sim ou com certeza???

Porque não basta comer. Tem que comer, fotografar, postar e comentar!

Beijos, beijos, obrigada mais uma vez e BOM APETITE!

Adore Espaço Gastronômico
http://www.adoreespacogastronomico.com.br
Avenida do Contorno, 5823/5ºandar – Savassi
Belo Horizonte/MG
Tel: (31) 30240718

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Chez Dadette – Luca Bahia

26 quinta-feira abr 2012

Posted by Lívia Salomé in Confrarias

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confrarias, culinária, Gastronomia

Como se não bastasse o Adore, o amor pela culinária associado a vontade de comer bem e estar com os amigos me levaram a outra confraria gastronômica daqui de BH: Luca Bahia.

O Luca é o chef e professor. Olha ele aí:

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O esquema é mais ou menos o mesmo de todas essas confrarias. Paga-se um valor pela aula no qual está incluído o jantar. Nesta aula, pode-se aprender a cozinhar ou não. O chef ensina tudo muito bem; aprender vai do tanto que você presta atenção… Ou do tanto você bebe.

20120426-230816.jpg
Olha o mis-en-place do Luca, dá gosto de ver…

Na aula do Luca fazemos muita farra e prestamos menos atenção. Culpa dos maridos que vão junto: é uma aula de casais. É dada na casa dele, que tem uma cozinha grande, com fogão e coifa industriais.

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Ele conta com a ajuda de seu sous-chef Diego, que é outra diversão a parte. Flagra a figura:

20120426-231114.jpg

Nesta aula, ele serviu um patê de fígado de galinha como tira-gosto.

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Segundo o chef, “tão bom que tem gente que acha que é foie gras”. Bem, fígado de nenhum bicho é minha praia, mas tava até gostosinho.

Vou colocar aqui as fotos e descrições dos pratos mas não as receitas, como já tinha mencionado antes, em respeito às confrarias, ok? Quem quiser degustar estas delicias e também aprender a fazê-las vai ter o contato do Luca no final.

De entrada, tivemos Folhado de pêras caramelizadas, salada de endívias com molho de gorgonzola e Parma:

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Pêra, gorgonzola e nozes é uma combinação clássica que funcionou muito bem desta maneira. O Parma adicionou um sabor salgado ao prato, que foi fundamental. Quando eu fizer aqui em casa, talvez coloque 2 rosinhas desta de Parma.

O prato principal foi Les crevettes Chez Dadette:

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Camarões num molho rico e espesso a base de tomate, muito saboroso e apimentado na medida certa. Receita boa para variar a moqueca ou o bobó.

E a sobremesa foi Aspic de morangos e mirtilos:

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Bem suave, o aspic é tipo uma gelatina, mas muito mais gostosa pois é “aromatizada” com vinho de colheita tardia. Só é tenso o momento de desenforma-la…

Enfim, mais um jantar muito gostoso! Ai, como eu sou bem tratada…

Mas não dá pra contar a história desta cozinha ou do Luca sem mencionar a Dadette, sua mãe, que creio ter sido a pioneira em confrarias gastronômicas em BH. A Dadette é parte da alta gastronomia mineira, há mais de 30 anos ela começou no ramo e muitos grandes chefs aprenderam com ela. Ela chegou até a ter um restaurante por um tempo, o Chez Dadette, mas acho que a “Chez” dela e do Luca é mais legal. Hoje ela não dá aulas com tanta freqüência, e o restaurante foi fechado há alguns anos em prol das confrarias. Alguns poucos ainda tem o privilegio de ter aulas com ela. Mas o “DNA” tá aí, e o Luca está substituindo bem, creio eu.

Como eu tô num momento super jornalista, ainda vou pedir uma entrevista exclusiva pra ela e aí farei um post mais completo. Ela deve ter muita história pra contar e eu tô prontinha pra escutar, ainda mais se envolver comida…

E aí, ficaram com água na boca?

Chez Dadette – Luca Bahia
Confrarias Gastronômicas
Rua Ludgero Dolabela, 944, 4º andar
Guttierez – Belo Horizonte/MG
Tel: (31) 32922194
lucabahia@hotmail.com

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SP – 210 Diner

24 terça-feira abr 2012

Posted by Lívia Salomé in Hamburgueria Gourmet, Viagem

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bacon, hambúrguer, sanduíches, são paulo

Uma coisa difícil quando se vai a São Paulo, principalmente quando a estadia é curta, é escolher onde jantar, ou para onde sair para badalar. Ou as duas coisas juntas… No meu caso, que passo a vida lendo em revistas especializadas e blogs amigos sobre o surgimento de casas interessantes lá na terra da garoa, qualquer oportunidade de visita me deixa muito em dúvida de onde ir.

Desta vez, creio que pela existência deste blog, muitos perguntaram se eu iria ao D.O.M, o principal restaurante de um dos maiores chefs brasileiros de todos os tempos, Alex Atala; e o único a figurar na lista da Restaurant, dos 50 melhores restaurantes do mundo! (Update: a lista de 2012 sai em 30/04) Vontade não faltou, inclusive passei na porta dele mais uma vez, mas lá só irei acompanhada do meu querido “cônjuge” Clebinho. Esta é uma das experiências que faço questão de desfrutar junto dele… (pausa para você fazerem oowwnnwnwnn… )

Pois bem, mas Sampa é um mundo de lugares para se alegrar o estômago. E não pensem vocês que eu saí daqui de BH como uma folha solta, tipo: “chegando lá eu decido”. Na verdade, o nome Benny Novak estava na minha cabeça desde 2010. O chef, proprietário de 3 badaladas casas na capital paulista, estava no alvo há 2 anos. Conto pra vocês a história.

Fui assinante da revista Prazeres da Mesa por um bom tempo. Na edição de abril de 2010, veio uma chamada na capa:

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Benny Novak. Dono do Ici Bistrô, casa inspirada nos bistrôs franceses, do Tappo Trattoria, italiano; e o mais novo, inaugurado em 2010, 210 Diner, de comida tipica americana, mais focada em hambúrgueres. 3 estilos de comida que amo.

Li a reportagem e me interessei muito pela sua história e pelo seu “estilo”, tão diferente do que estamos acostumados a ver por aí: um chef compromissado a fazer ótima comida. E ponto. Sem invenção de moda, sem firulas, sem estripulias, sem “mimimi”. Meu Deus, como estamos precisando disto… O que temos visto é restaurantes surgindo por aí com invencionices de “gastronomia molecular” ou “influências hispano-peruana” com “conceito não-sei-o-quê”, mas que essencialmente, não servem boa comida. Servem comida diferente, inovadora, de vanguarda, com ingredientes exóticos, beirando o bizarro, mas… não se vê ninguém sorrindo de felicidade honesta e pura ao terminar de comer.

E ao ler a reportagem, acreditei que o Benny (íntima, afinal ele me segue no Twitter… Muah!) talvez estivesse pensando em deixar as pessoas realmente satisfeitas com seus pedidos no restaurante. Você que comer um Steak Tartar? Então temos aqui um ótimo! Quer hambúrguer? Fizemos o melhor! Spaghetti com Vôngole? Prepare-se…

Transcrevo aqui um trecho da revista: “Comanda 68 pessoas, serve 200 comensais por dia (numa conta bem rasteira) e quase nunca erra. Também não inventa moda. Ninguém pode dizer que alguma de suas casas serve ‘comida de autor’. Os três cardápios seguem a máxima do bom intérprete: sem criações, mas com execuções perfeitas. ‘Não componho nada, mas canto bem’, diz Benny.”

Antes que muitos me critiquem pela preferência acima explicitada (alguns podem até chamar de receio pelo novo e eu não me incomodo), esclareço que nada tenho contra novidade e inovações. Vide o próprio Alex Atala, ídolo de muitos chefs que tem como característica ser inovador e vanguardista no seu D.O.M, seja em ingredientes seja em técnica. É um chef que admiro enormemente e sonho em provar sua comida. O que me incomoda em alguns outros é a mania de inventar moda antes de se dominar a técnica e fazer muito bem o básico, o que não tem nada a ver com gente do calibre de Alex Atala.

Mas isso tudo é pra explicar porque escolhi ir no 210 Diner… E digo que não me arrependi. Recomendo muito, inclusive pretendo voltar pois já escolhi os próximos itens do cardápio a serem degustados.

Bem, vamos a vaca fria! O restaurante fica numa rua gracinha em Higienópolis. 20120423-110307.jpg
(fonte: divulgação)

Muito bem decorado, com luminárias enormes quase encostando na nossa cabeça, mas com iluminação suave. Tudo com um toque vintage, e meio tema “porquinho”. Gostei.

20120423-110323.jpg
(fonte: divulgação)

Fomos eu e Amandinha. Tomamos umas Stellas pra esquentar a conversa. De entrada pedimos Bacon com defumação caseira, grelhado com vinagrete de salsa e maple.

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Gente, deixa eu contar procês: isso é um BIFE, de BACON!!! Quer alegria maior? Macio, saboroso carnudinho… O xarope de maple (aquele que os americanos colocam na panqueca) adiciona um docinho na medida e o vinagrete de salsa é fresquíssimo, com bastante alho. Amei! Comeria isto uns 3 dias seguidos. Custou R$ 24 e nós rachamos.

Pedimos os hambúrgueres. Eu pedi um Clássico (R$ 25) com adição de queijo ementhal (R$ 3), acompanhado de Onion Rings.

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Feito no American Char Broil, servido ao ponto, 180g. Não é muito grande em diâmetro, mas é suculento e a carne é “alta”. A cebola é uma delicia, tem sabor, diferente das Onion Rings tradicionais, que são grandonas (parecendo umas pulseiras)…

A Amandinha pediu um Oklahoma (seria minha segunda opção): 180g de carne pressionada com espátula na chapa, coberto com finas fatias de cebola e grelhadas até ficarem crocantes nas bordas. R$ 28, também com Onion Rings.

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O dela pareceu maior e igualmente saboroso. Deixo para ela comentar depois.

Não resisti e pedi também um Creme de milho rústico. Adoro creme de milho de qualquer jeito e já tinha lido comentários favoráveis deste em especial. Vem nesta panelinha fofa, para ser comido de colher.

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O creme é adocicado, com um toque picante bem de longe. O milho não é completamente triturado, de forma que há o que se mastigar. Viciante! Valeu R$ 12.

Depois disso tudo, não coube sobremesa… Uma pena pois tinha muita opção de dar água na boca. Fica pra próxima vez, que com certeza haverá.

210 Diner
Rua Pará, 210 – Higienópolis
São Paulo – SP
Tel: (11) 36611219

Horário de funcionamento:
Ter a qui 12h às 15h / 19h às 00h
Sex 12h às 15h / 19:30h às 00:30h
Sáb 12:30h às 16h / 19:30h às 00:30h
Dom 12:30h às 17h / 19h às 23h

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Um almoço de madame paulistana

22 domingo abr 2012

Posted by Lívia Salomé in Almoço, Sorveteria, Viagem

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almoço, carpaccio, sanduíche, são paulo, sorvete

Neste fim de semana fui a São Paulo para um Congresso e já há uns dias estava com uma pendência para resolver numa loja nos Jardins, aglomerado de bairros que concentra lojas luxuosas, restaurantes estrelados e da moda e residências que beiram os 8 dígitos. Um lugar onde definitivamente não há o menor sinal de crise econômica…

Pois bem, depois de visitar a loja em questão (e da pendência não resolvida), fui buscar um local para almoçar. Dúvida cruel pois eu me encontrava sentadinha num banco na esquina de Oscar Freire com Haddock Lobo. 2 minutos de caminhada me levariam ao D.O.M, ao Gero, ao Emiliano, ao Figueira Rubayat, ao Zena Caffé, dentre outros. Problema: eram 11:15 da manhã, eu tava roxa de fome (não tinha tomado café) e todos estes só abriam às 12:00… Juro, não agüentei esperar. E o Congresso recomeçava às 13:30.

Eis que na minha frente eu encontro o Oscar Café, aberto e já com o menu du jour afixado na porta, bem no estilo Paris. A fome moveu minhas pernas e eu entrei.

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Ambiente bonitinho, moderno. Parece a cabana do Harry Potter: uma portinha de nada e super espaçoso lá dentro, com direito até a jardim de inverno.

Além do já mencionado menu, o cardápio era bem variado e extenso, com opções de pratos, saladas, sanduíches, sopas, quiches, lanches… Acabei optando por um sanduíche “Rogero”; feito na ciabatta, com carpaccio, mussarela de bufala, rúcula, mostarda e pesto de alcaparras.

20120422-201708.jpg

Muito bom, de tamanho satisfatório para substituir um almoço. A ciabatta estava fresquíssima, bem como a mussarela de búfala. Único defeito, o carpaccio ainda estava gelado. Custou R$ 33,20. Precinho de Oscar Freire… Pedi uma Coca porque o suco custava R$ 8,00! My eyes!!!

Saí andando de volta para o hotel e no caminho, na mesma Oscar Freire, encontrei a sorveteria Baccio di Latte, da qual já tinha lido a respeito em blogs paulistanos.

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Especializada na produção do legítimo sorvete artesanal italiano, a casa foi eleita pela Veja SP como o melhor sorvete da cidade, antes mesmo de completar um ano de atividade. Os proprietários, 2 italianos e 1 escocês, levam muuuuito a sério o negócio de produzir o sorvete. Eles quiseram ser os melhores desde o início. E parece que conseguiram.

São vendidos em copinhos e casquinhas e em 3 tamanhos, de R$ 8, R$ 10 ou R$ 12, podendo-se escolher até 3 sabores. Eu provei o de pistache, meu sabor favorito ever, e um sabor chamado Baccio di Latte, que nada mais é do que leite adoçado. O de pistache estava divino, vontade de tomar um pote de 2 litros… O outro também era muito bom, suave e delicado. Mas é pra quem ama leite. O sorvete é super cremoso, com sabores naturais e não deixa transparecer nenhum sabor gorduroso. Adorei, preciso voltar para provar outros sabores.

Almocinho bom… Difícil foi trocar o “footing” pelas ruas chiquérrimas de Sampa pelas aulas do Congresso, viu? Só sei que preciso voltar o mais breve possível. São Paulo é o epicentro da culinária brasileira, é onde tudo acontece!

No jantar, teve hamburgueria gourmet. Já conto pra vocês.

Beijos!

Oscar Café
Rua Oscar Freire, 727
São Paulo – SP
Tel.: (11) 30635209

Horário de funcionamento:
Seg a sáb 10h às 24h
Dom 10h às 22h

Baccio di Latte
Rua Oscar Freire, 136 – Cerqueira César
São Paulo – SP
Tel.: (11) 36622573

Horário de funcionamento:
Seg a qua 12h às 22h
Qui a sab das 12h às 23h
Dom 12h às 22h

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CdB 2012 – Bar da Lora

21 sábado abr 2012

Posted by Lívia Salomé in Botecos, Comida di Buteco, Festivais

≈ 3 Comentários

Tags

boteco, mercado central, petisco, queijo minas, tira-gosto

A maioria dos botecos participantes do Festival Comida di Buteco 2012 abre após as 17h nos dias de semana, salvo 3 exceções. Na quarta-feira passada, saí do trabalho mais cedo e tive a “oportunidade” de almoçar num deles, o Bar da Lora. Dizem que a oportunidade somos nós que fazemos… Neste caso concordo em gênero, número e grau, hehehee!

A “Lora” fica no Mercado Central, logo o horário de funcionamento do boteco acompanha o do Mercado. A entrada é pela Rua Santa Catarina, bem no meio do quarteirão. O boteco fica praticamente na porta (só lembrando ao “deslocalizados”, o estacionamento é na esquina de Augusto de Lima com Santa Catarina). Como todo bar do Mercado, o espaço é exíguo. O bar também é a cozinha, onde a gente fica assistindo a montagem e finalização dos pratos. Tinha um cozinheiro fazendo uma carne numa panela de pressão tão gigante, que devia caber uma pessoa dentro… Até deu um pouco de medo quando ele foi abri-la. Para acomodar os clientes, tem um balcão e pouquíssimas mesas sendo a maioria aquelas pequeninas e mais altas, com banquetas, onde também pode-se ficar de pé ao redor. Eu e Rafael, meu companheiro neste almoço atípico, ficamos de pé. O bar estava cheio. Numa quarta a tarde.

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E só lembrando a responsa, a Lora foi campeã ano passado…

O atendimento foi muito bom. Praticamente só garçonetes, mulheres. A Lora em pessoa de olho o tempo todo. Até agora o único lugar onde vi sair cerveja “mofada”. O banheiro é o do Mercado, é pago e a higiene é média.

Não tem Doritos, graças a Deus! Menos uma coisa pra comer… A garçonete nos explicou que pela falta de espaço, eles não tem nem como armazenar o Doritos, que dirá prepara-lo. Sensatos.

Pedimos o prato COISAS DA LORA: Costelinha e cupim na chapa com molho de queijo minas, batata baby e queijo minas temperado. Foto oficial, do site:

20120421-095200.jpg
(Foto: Beto Eterovick)
E agora a nossa:

20120421-101055.jpg

Gostei deste prato. Em primeiro lugar ele estava super quentinho e suculento. Acompanhamos todo o processo de montagem e finalização dele. Segundo, todos os componentes estavam presentes, inclusive estas florzinhas de picles que, assim como todo o resto, foi explanado pela garçonete. A carne estava super saborosa e macia, o queijo estava realmente presente no prato, e não apenas enfeitando. Tinha 2 pequenas porções de goiabada picante derretida no cantinho do prato, muito gostoso. A costelinha estava saborosa e sequinha, a única ressalva que faço é que os pedaços estavam muito pequenos, então assim que você roía o ossinho só sobrava uma carne de nada. A batata estava boa e bem cozida e era o que mais combinava com o molho de queijo, que também estava bom, mas como os demais componentes estavam saborosos e suculentos, acabou não sendo essencial.

Em resumo, não foi um prato mega criativo, mas estava bem executado, com sabores em harmonia. Sem firulas. E bem típico de boteco. Talvez só tenha precisado disto para ser vencedora no ano passado, né?

Beijos!

Bar da Lora
Av. Augusto de Lima, 744/Lj 115 (Mercado Central/Entrada Sta. Catarina) – Belo Horizonte MG
(31) 3274-9409
Segunda a Sábado: 9h às 18h
Domingo e Feriados: 9h às 13h

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Receita: Espaguete com Camarão e Alho

20 sexta-feira abr 2012

Posted by Lívia Salomé in Receitas, Receitas rápidas

≈ 37 Comentários

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camarão, donna hay, espaguete, massa

E aí gente? Dando um tempinho no Comida di Buteco, resolvi trazer esta receitinha super rápida e gostosa pra vocês. Se você gosta de macarrão alho e óleo e camarão, pode correr pro supermercado e comprar os ingredientes agora. Quando você assustar, tá pronto! Desde a Semana Santa estou afim de fazer este prato. Vi a Donna Hay fazendo no programa dela e achei deveras apetitoso!

Antes de começar, só explicando um pouquinho quem é a Donna Hay.

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Eu a conheci lendo o blog Technicolor Kitchen, em que a Patricia Scarpin faz maravilhas e posta fotos divinas (Gentem, tá no nosso Blogroll! Como assim vocês ainda não entraram? Entrem e vejam com seus próprios olhos). A Patricia faz várias receitas inspiradas na Donna (já fiquei íntima…), assina a revista dela e tudo mais. E coincidindo com esta época em que conheci o Technicolor Kitchen, o canal Fox Life começou a passar os programas dela, o “Fast, Fresh, Simple”. Bastou eu assistir um episódio pra correr no YouTube e assistir TODOS os vídeos que estavam disponíveis. Loka!

Foi amor à primeira vista. Fiquei fã! A Donna Hay é uma versão australiana do Jamie Oliver, depois de muuuuita Ritalina, lógico, porque ela é super calminha. Tudo que ela faz é realmente simples, com ingredientes possíveis e preparo fácil. Ela cozinha na casa dela, que é a beira do mar de Sidney, num lugar lindo, ou numa cozinha experimental onde ela prepara as receitas para as revistas e os livros que ela publica. E como se não bastasse, ela ainda tem uma discreta “pochetinha de chopp” que eu super me identifiquei. Vai lá no YouTube e veja os vídeos… É sutil, mas tá lá!

Pois bem, na quinta-feira santa estava eu assistindo o programa e ela começa com este “Garlic Prawn Pasta”. Hmmm, pareceu uma delícia. É um macarrão alho e óleo com upgrade de camarão. Qual a chance de ser ruim?

Quem quiser se preparar melhor (ou começar a viciar nos vídeos), pode começar assistindo o preparo desta receita pela própria Donna Hay aqui

Ingredientes:
(para 2 pessoas)

20120420-170254.jpg

– 200g de macarrão espaguete
– 1 colher de sopa de azeite
– 50g de manteiga
– 4 dentes de alho médios, cortado em lâminas finas
– raspas de um limão siciliano
– 1 colher de sopa de suco de limão
– 1 pitada de pimenta calabresa (a gosto)
– punhado de salsinha fresca, picada grosseiramente
– sal e pimenta do reino a gosto
– 16 a 20 camarões médios, sem cabeça, cauda e casca e devidamente limpos

Compre camarão, de preferência fresco. Para limpá-los, retire primeiro a cabeça, depois as perninhas, a casca e a cauda. Você pode ate guarda-las congeladas para fazer caldo depois. Com cuidado, faça um corte longitudinal no dorso, não muito profundo, para retirar aquela tripinha, que pode conter grãozinhos de areia.

20120420-114557.jpg

Caso o camarão seja muito grande (hmmm, esbanjando hein?) aproveite e corte ao meio, neste mesmo sentido longitudinal. Vai ser melhor na hora de comer, pois mais garfadas vão conter nacos de camarão.

Para retirar as raspas de limão, é importante possuir um “Zé Estevão”:

20120420-170157.jpg

É como apelidamos carinhosamente este instrumento, chamado ZESTER (ou Microplaina) que serve para retirar raspas de limão. Muuuuuito essencial na cozinha, se tiver oportunidade adquira um. Retire só a casquinha amarela no caso do limão siciliano; ou a parte verde no caso do limão Taiti normal. A parte branca amarga, invariavelmente.

Modo de preparo:

Panela grande com água fervente e salgada para cozinhar o macarrão. Coloque a massa na água assim que começar o preparo do “molho”, presumindo que ela irá cozinhar nuns 8-10 minutos. Assim tudo ficará pronto ao mesmo tempo. Se você achar que não vai conseguir o timing certo, faça o molho primeiro e depois cozinhe o macarrão.

Agora prepare seu coração. Você já fez macarrão alho e óleo? Seguinte, pra ficar gostoso tem que ter muito óleo… Vocês viram que são 50g de manteiga mais 1 colher de sopa de azeite? Pois é isso mesmo. Não é comida diet, é comida rica em sabor, minha gente! Se você economizar na manteiga, o alho vai queimar e ficar péssimo. (Durante o preparo da receita, o Clebinho me perguntou umas 20 vezes: “não tem muita manteiga aí não?”… Só respondi as 2 primeiras vezes…)

Bom, voltando ao preparo. Pegue uma frigideira grande, coloque o azeite, a manteiga e deixe derreter. Coloque as lâminas de alho e deixe fritar até amolecer e dourar levemente, mexendo devagar. Leva uns 2 minutos. Some as raspas de limão, a pimenta calabresa, cautelosamente, porque ela é forte (eu não coloquei desta vez porque esqueci). Salpique pouco sal e pimenta no camarão e acrescente à frigideira. Vá mexendo e observe que o camarão muda de cor. Depois que isso acontecer, deixe fritando mais 1 a 2 minutos, no máximo, senão fica borrachudo. Desligue o fogo, acrescente a salsinha e o suco de limão. Vai ficar assim:

20120420-114508.jpg

Escorra o macarrão e misture tudo na frigideira. É por isso que a mesma tem que ser grande. Esse ponto é importante pois é quando o molho “entranha” no macarrão e fica saboroso. Corrija o sal se necessário. Não ponha queijo; por incrível que pareça, não fica legal.

Monte o prato e enjoy!

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Viu? É rapidinho e gostoso, eu garanto. Não deixem de fazer e contem aqui se deu certo. Acho que vai bem com um Chardonnay geladinho… Mas a “eno-dica” é de amadora, se não harmonizar vocês me avisem. Se algum Sommelier estiver lendo este blog, please, nos dê uma luz!

Pra quem curtiu a Donna, as receitas do programa estão todas neste link.

E logo, logo tem mais: neste momento estou em Sampa e vai ter post daqui. E tem mais CdB e confraria do Luca… Ih, muita coisa legal!

Beijos! Bom apetite!

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CdB 2012 – Butiquim du Filho

19 quinta-feira abr 2012

Posted by Lívia Salomé in Botecos, Comida di Buteco, Festivais

≈ 4 Comentários

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botecos, petisco, queijo minas, tira-gosto

E continuando com os botecos de domingo (ufa!), após o Bartiquim o Time seguiu para um outro, que eu vou continuar fazendo mistério (huahahahaaaa =>; risada maléfica). Só vou falar dele depois que eu mesma for lá para ver pra crer… Neste dia, acabei precisando de umas horinhas de descanso, afinal a bateria tava quase no fim.

Mas a noitinha, eles resolveram vir num boteco (o 4º do dia!!!) aqui do ladinho de casa. Aí eu não resisti! Levantei, aprumei o corpo e fui. O escolhido foi o Butiquim du Filho, que fica no Hot Point da Cidade Nova, na Cristiano Machado. O lugar é uma praça de alimentação de um pequeno centro comercial. Cheguei, o Time já tinha pedido um prato, mas comigo chegaram outras pessoas, então pediríamos mais um. Estava cheio e o estacionamento do lugar, que já não é muito grande e ainda tem que comportar os clientes dos outros estabelecimentos, estava bem confuso.

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O atendimento foi muuuuito complexo. Como já disse, o bar fica na praça de alimentação de um centro comercial, logo há outros bares e outros garçons servindo as mesas, que são comuns. Custei a identificar os garçons do boteco certo e aí pedi uma Coca-cola, que demorou horas pra chegar. Não tem cerveja de garrafa, somente umas jarras gigantes de chopp com uma torneira, que ficam na mesa. Facilita a vida do garçom mas só serve pra atrapalhar a conversa. Tem cerveja em lata também, que até vem em baldinhos, mas não compensa pelo custo. E long neck, que o próprio garçom informou estar quente.

Quando pedi o prato, o garçom avisou que demoraria uns 30 minutos pra sair. Quando chegou, faltaram talheres para todos que iriam degusta-lo. Lógico que demorou mais uns 10 minutos pra trazerem mais. E eu fiquei esperando… A mesa estava cheia de copos já não usados, talheres e guardanapos sujos, ao ponto que eu mesma tive que limpa-la. Ou seja, atendimento beeeem fraquinho… Culpa da pequena quantidade de garçons, não da boa-vontade dos mesmos. Não sei se é a primeira vez deles no CdB, mas faltou a gerência ficar esperta com o aumento no movimento. Será que eles pensaram que ninguém ia no boteco? Podem notar que esta não é só a minha opinião e do SP. Fui ler os comentários lá no site oficial e muita gente reclamou das mesmas coisas. Confiram aqui.

O banheiro é comum e estava sujo e sem papel. Tinha até uma senhora dos seus 60 anos higienizando as axilas na pia, mas esta imagem eu acabei de deletar do meu cérebro…

Bom, mas vamos ao rango. Preparados?

Primeiro o Doritos, que foi batizado de Empanada de Doritos: 3 fatias de pão de forma revestidas com creme picante recheados com Doritos, carne de sol desfiada e molho molho Cheddar

20120418-232243.jpg
Por onde eu começo? O pão estava mole, cortado toscamente. Este recheio não era de carne nem a pau, Juvenal! Ficamos discutindo e chegamos a conclusão que era tipo uma cebola caramelizada. Mas carne, não era! E a apresentação dispensa comentários, foi difícil até enquadrar na foto porque o petisco estava completamente deslocado pro lado do prato. Será que foi de propósito, meio assimétrico-artístico? O sabor não estava de tudo ruim, mas um pão mais consistente ficaria melhor. E por isto, pagamos R$ 9,90.

Pedimos o prato concorrente, que é o BÃO DE QUEIJO: Batata do PAI ao molho do filho, linguiça de queijo, filezinho flambado, carne de torresmo e mousse de pimenta. Foto oficial primeiro:

20120418-232203.jpg
(Foto: Beto Eterovick)
E a nossa:

20120418-232227.jpg

Sim. É o mesmo prato.

O nome é pomposo, mas é tudo muito simples. A batata é aquela tipo “bolinha”, com molho rosé do mais simplesinho: catchup e maionese misturado, com temperinhos. Nada OMG. A lingüiça de queijo não é ruim, mas eu não diria nunca que era de queijo. O filezinho era de porco, estava de normal pra fraco. E o torresmo, nem sei se veio, porque não comi nenhum. O molho, além de ser apimentado como o capeta em chamas, ainda era a base de pepino… Teve gente que nem reparou, porque de fato o sabor é discreto – e a pimenta é muita – mas tinha pepino sim. Quase que minha alergia atacou… O preço (acho que é padrão): R$ 22,90.

Não sei se por falta de know-how no Festival (o que não se justifica, afinal eles participaram ano passado) ou por falta de preparo mesmo, mas este boteco tem muito que melhorar, em todos os aspectos… O prato não é ruim, mas para passar raiva com o atendimento há coisas muito melhores para se comer.

Beijos e até o próximo! Quem estiver butecando também, comente aqui. Aceitamos boas dicas!

Butiquim du Filho
Av. Cristiano Machado, 1794/Lj17 (Shopping Hot Point) – Cidade Nova – Belo Horizonte MG
(31) 3051-1950
Segunda a Sexta: 17h às 24h
Sábado: 11h às 24h
Domingo: 11h às 21h

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CdB 2012 – Bartiquim

18 quarta-feira abr 2012

Posted by Lívia Salomé in Botecos, Comida di Buteco, Festivais

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botecos, petisco, queijo minas, tira-gosto

Continuando a maratona de domingo, assim que deixamos o Bar Temático seguimos direto pro Bartiquim, que fica logo em frente. Um pouco menor, mas com bastante mesas na rua. Tinha espera, mas 6 mulheres lindas e maravilhosas requisitando uma mesa… Não teve como negar. Não esperamos nem 5 minutos.

20120417-233714.jpg

Sentamos, pedimos um petisco Doritos a Bolonhesa, que na descrição do cardápio menciona ser um molho a bolonhesa com manjericão.

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O único raminho de manjericão que vi foi este enfeitinho em cima. No molho, nem rastro. E quando se trata de manjericão exijo tudo que tenho direito! Mas estava razoável. É o tipo do prato possível de se fazer em casa, quando sobra molho de macarrão. Pouquíssimo criativo. Sabor médio. Pardon, mas meu molho a bolonhesa é muito melhor… Uma coisa é fato: tinha queijo!

Seguimos para o prato, que era o TÔ VÊNO NADA: Bolinho de carne recheado com queijo minas e tomate seco, cozido no molho de tomate, finalizado com queijo minas e manjericão.. Foto oficial primeiro:

20120417-233131.jpg
(Foto: Beto Eterovick)
E agora, para viver o momento “Um dia de fúria“, a nossa foto:

20120417-233233.jpg
Calma gente! Não precisa sair por aí armado até os dentes combatendo a escória da sociedade com as próprias mãos por causa de um prato do Comida di Buteco, hehehe…

O bolinho de carne era na verdade um “bolão”. Fatiamos em 8 pedaços. Veio devidamente recheado com queijo e tomate seco, inclusive com o queijo dando aquele efeito “puxa-estica”. Mas o “bolão” estava um pouco seco, e o tempero da carne tinha erva-doce. Bastante, até. Na nossa mesa, 2 pessoas detestam erva-doce, assim como eu detesto pepino e não conseguiram comer nenhum pedacinho… Não desgosto da erva-doce, mas acho que não precisava estar nesta preparação, até porque ela está no rol dos temperos “pequi-like”: ou ama ou odeia. O molho estava razoável em sabor, porém frio e ralo. E o pão – não fresquinho – foi pouco para tanta gente. Não pedimos mais, creio que seria fornecido se pedíssemos. Um close no “bolão” fatiado:

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Comentários gerais: atendimento de bom para médio, cerveja gelada normal, banheiro super limpo, novinho e espaçoso e higiene do local… Bem, ficamos na rua, um pouco difícil de avaliar.

Eu fui pra casa e uma parte do Time seguiu a maratona me mandando fotos, comentários e updates de um certo boteco que decepcionou. Curiosos? Depois eu conto…

Ah, quase ia esquecendo! Rolou um “piriri gangorra” coletivo no Time. Estamos seriamente desconfiados do molho do Bar Temático… Teve gente que não comeu no Bartiquim e apresentou os sintomas. E não adianta por a culpa na cerveja, pois eu e Clebinho não bebemos no domingo…

Beijos (já completamente restabelecida e pronta pra mais!)…

Bartiquim
Rua Silvianópolis, 74 – Santa Tereza – Belo Horizonte MG
(31) 3466-8263
Segunda a Sexta: 17h às 24h
Sábado: 11h às 20h
Domingo e Feriados: 11h às 18h

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Lívia Salomé [Autora]

Pessoa feliz. Mineiríssima. Casada com o Clebinho. Médica. Apaixonada por qualquer coisa relacionada a comida, vinhos, culinária e gastronomia. O Show me fez a "Lucelena". Viajante incansável. Sou de uma família que é tudo. Certeza absoluta de que tenho os melhores amigos do mundo. Pepino? Detesto! Fala sério, isto não é comida...

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